BC responde ao TCU e detalha motivos da liquidação do Banco Master
Na resposta, banco elencou uma série de supostas irregularidades

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O Banco Central (BC) encaminhou na segunda-feira (29) ao Tribunal de Contas da União (TCU) resposta ao despacho do ministro Jhonatan de Jesus, que questionou a liquidação extrajudicial do Banco Master decretada em novembro.
No documento, o ministro deu prazo de 72 horas para que o BC justificasse a adoção da “medida extrema” e levantou a possibilidade de impedir novas ações sobre os ativos da instituição financeira controlada por Daniel Vorcaro.
Na resposta enviada ao tribunal, o BC detalha o histórico que levou à decretação da liquidação do Banco Master, aponta uma série de supostas irregularidades e informa a existência de uma investigação encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) sobre novas fraudes que teriam sido cometidas pelo banco na tentativa de manter suas atividades.
Entre as irregularidades que motivaram a liquidação extrajudicial do Banco Master, estão:
• Atrasos na entrega de documentos regulamentares e contábeis;
• Esgotamento de carteiras de crédito responsáveis pela geração de fluxo de caixa;
• Comprometimento da solvência do conglomerado;
• Incapacidade de recompor, de forma mínima, o recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo;
• Realização de operações estruturadas com clientes da linha corporate que não geraram fluxos financeiros relevantes, sem observância dos princípios de garantia, liquidez e diversificação de riscos;
•Cessão de carteiras de crédito ao Banco de Brasília (BRB) envolvendo operações consideradas insubsistentes ou com ativos cuja existência não pôde ser comprovada.
Na tarde desta terça-feira (30), Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, devem prestar depoimento à Polícia Federal.
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