Zé Felipe fala sobre filhos, Virginia e Vini Jr., e especialista explica por que a boa relação após a separação é decisiva!

A recente entrevista de Zé Felipe ao portal LeoDias trouxe à tona um tema cada vez mais presente nas famílias contemporâneas: a importância da convivência respeitosa entre pais separados e o impacto direto disso no bem-estar emocional dos filhos. Ao falar abertamente sobre a relação com Virginia Fonseca, mãe de seus três filhos, Maria Alice, Maria Flor e José Leonardo, o cantor destacou que o diálogo, o respeito e a parceria na criação das crianças são os pilares dessa nova dinâmica familiar.

“Eu acho que a boa relação é o principal”, afirmou Zé Felipe ao comentar como as crianças lidam com a separação. Segundo ele, por ainda serem muito pequenas, não sentiram um grande impacto emocional, justamente porque existe harmonia entre os adultos envolvidos. O cantor também chamou atenção ao falar sobre a convivência com os novos parceiros, ressaltando o carinho com que seus filhos são tratados. “O que mais pesa em tudo isso é você ver como seu filho está sendo tratado, o amor, o carinho…”, declarou.

Para a neurocientista e especialista em desenvolvimento infantil, Telma Abrahão, esse tipo de postura faz toda a diferença no desenvolvimento emocional das crianças. “Quando os adultos conseguem manter uma relação respeitosa após a separação, o cérebro infantil interpreta esse ambiente como seguro. A criança entende que, apesar das mudanças, continua amada, protegida e pertencente”, explica.

Telma ressalta que a separação em si não é o fator mais determinante para possíveis impactos emocionais, mas sim a forma como ela é conduzida. “O que fragiliza a criança não é ter duas casas ou novos vínculos afetivos ao redor, mas o conflito, a instabilidade e a falta de comunicação entre os adultos”, afirma.

Outro ponto destacado pela especialista é a fala de Zé Felipe sobre o vínculo com os novos parceiros e o cuidado com o tratamento dado às crianças. “Quando a criança se sente acolhida também por figuras que entram depois, como madrastas ou padrastos, isso amplia sua rede de segurança emocional. O cérebro infantil responde positivamente ao afeto, à previsibilidade e ao cuidado”, pontua Telma.

Segundo ela, exemplos públicos como o de Zé Felipe ajudam a ressignificar o imaginário em torno da separação. “Famílias mudam de formato, mas o que sustenta o desenvolvimento saudável é a qualidade das relações. Amor, respeito e presença emocional continuam sendo os maiores fatores de proteção para a infância”, conclui.

Em um cenário em que muitas crianças vivem em lares reconfigurados, a fala do cantor e a análise da especialista reforçam uma mensagem essencial: quando os adultos colocam o bem-estar emocional dos filhos no centro, os laços se fortalecem, independentemente do modelo familiar.